quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Vampiro

Eu uso óculos escuros pras minhas lágrimas esconder e quando você vem para o meu lado, ai, as lágrimas começam acorrer e eu sinto aquela coisa no meu peito, eu sinto aquela grande confusão, eu sei que eu sou um vampiro que nunca vai ter paz no coração.
Às vezes eu fico pensando porque é que eu faço as coisas assim e a noite de verão ela vai passando, com aquele seu cheiro louco de jasmim. E eu fico embriagado de você, eu fico embriagado de paixão, no meu corpo o sangue não corre, não, corre fogo e lava de vulcão.
Eu fiz uma canção cantando todo o amor que eu sinto por você, você ficava escutando impassível e eu cantando do teu lado a morrer... E ainda teve a cara de pau... De dizer naquele tom tão educado "Oh! pero que letra más hermosa, que habla de un corazón apasionado" .
Por isso é que eu sou um vampiro e com meu cavalo negro eu apronto, e vou sugando o sangue dos meninos e das meninas que eu encontro. Por isso é bom não se aproximar muito perto dos meus olhos senão eu te dou uma mordida que deixa na sua carne aquela ferida. Na minha boca eu sinto a saliva que já secou de tanto esperar aquele beijo, ai, aquele beijo que nunca chegou, você é uma loucura em minha vida Você é uma navalha para os meus olhos, você é o estandarte da agonia que tem a lua e o sol do meio-dia.

Jorge Mautner 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Jogando Conversa Fora

Uma vez ouvi dizer que o inverno aproximavam pessoas. Que elas tinha predisposição a sofrer de carência e outros maus de tristeza sentimental. Por isso se juntavam umas com as outras para tomar café quente e compartilhar de suas melhores histórias. Eu bem acredito na pessoa que me disse isso, mas acredito que nem sempre é assim.
Tenho por mim, que  o inverno não seja só uma estação, intenso, nunca chegará ao meio termo. A aproximação é tanta, como a distanciação. Dividido entre aqueles que amam, e os que odeiam. " Mas está muito frio!" ou "É a melhor época do ano".
Aqueles que não estão compartilhando de suas boas histórias e café, estão criando histórias boas para bebe-las depois, mais tarde. Quem sabe daqui um ano, talvez. Não sei.

May

O Homem e a Morte

O homem já estava deitado
Dentro da noite sem cor.
Ia adormecendo, e nisto
À porta um golpe soou.
Não era pancada forte.
Contudo, ele se assustou,
Pois nela uma qualquer coisa
De pressago adivinhou.
Levantou-se e junto à porta
- quem bate? Ele perguntou
- Sou eu, alguém lhe responde.
- Eu quem? torna. – A Morte sou.
Um vulto que bem sabia
Pela mente lhe passou:
Esqueleto armado de foice
Que a mãe lhe um dia levou.
Guardou-se de abrir a porta,
Antes ao leito voltou,
E nele os membros gelados
Cobriu, hirto de pavor.
Mas a porta, manso, manso,
Se foi abrindo e deixou
Ver – uma mulher ou anjo?
Figura toda banhada
De suave luz interior.
A luz de quem nesta vida
Tudo viu, tudo perdoou.
Olhar inefável como
De quem ao peito o criou
Sorriso igual ao da amada
Que amara com mais amor.
- Tu és a Morte? Pergunta.
E o Anjo torna: - A Morte sou!
Venho trazer-te descanso
Do viver que te humilhou.
- Imaginava-te feia,
Pensava em ti com terror...
És mesmo a Morte? ele insiste.
- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,
Mestra que jamais engana,
A tua amiga melhor.
E o Anjo foi-se aproximando,
A fronte do homem tocou,
Com infinita doçura
As magras mãos lhe compôs.
Depois com o maior carinho
Os dois olhos lhe cerrou...
Era o carinho inefável
De quem ao peito o criou.
Era a doçura da amada
Que amara com mais amor.

Manuel Bandeira 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Final Feliz

Quando ele veio até a minha casa 
e sentou na calçada confirmando o que eu já sabia, 
sem sequer falarmos uma palavra
Meu peito de cinzas frias congelou de vez.
Batendo pela ultima vez. 

Por dois longos anos 
recolhi lenha pra me aquecer.
O tempo foi meu amigo,
cuidou de mim,
me apresentando novos rostos e corpos.
Meu coração voltou a bater.

Mas me parece
que toda vez que tento me aquecer
ele sente
e vem 
de vagar
quando eu não quero.
Para nos ver, só basta Ele querer.

Conta então, nossas aventuras passadas 
e eu ouço,
sem acreditar que protagonizava tais contos,
que hoje eu não me familiarizo com a protagonista
O vestido de flanela azul florido, nem me serve mais

Elogiou minha classe 
(Que antes eu não tinha)
Acrescentando que enquanto ele envelhece 
O tempo pra mim para.
E realmente, 
Meu coração havia parado de bater,
Hoje em dia bate, 
só que mais lento como de costume 
Talvez seja isso 
que faz meu tempo ir mais de vagar que o dos outros.

Já meus olhos, 
observam tão rapidamente cada detalhe
eu não percebi
que estava tão cega 
Endeusei alguém que não devia
Olhando com meus novos olhos
Enxerguei tudo o que eu não via.

Vou dormir tranquila 
Sabendo que essa história chegou no fim.
O carinho, virou respeito. 
O respeito, Amizade.

Infelizmente demorei tempo de mais 
pra saber, 
que pra essa história terminar 
só bastava Eu querer.
Encerro aqui, todo amor e rancor que tive de ti. 

May

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Evanescente

Voou com o vento 
De olhos fechados 
Sem medo
Estou vendo seus pés saírem do chão 
Devagar
Soltando no chão tudo quilo que a trazia pra baixo. 

Enxergando um novo lugar
De novidades 
Mas não sei se vai alcançar.

Foi acusada de abandono de pessoas
Coitadinha 
Mal sabe que sempre foi assim
Só segue
Sege sozinha
Deixando um pouco de si.
Mas uma hora dessas ela volta 
Pois tem medo do esquecimento.


May



sexta-feira, 13 de maio de 2016

Redenção

Fazem dois anos que eu estou presa nesse filme de terror. 
Quando sera que eu vou me recuperar da sua rejeição?
Estava conversando comigo mesma e chegamos a uma conclusão de que quando o ciclo recomeçar e eu conhecer pessoas, talvez essas pessoas apague essas interrogações e conclua essa história com um ponto final. 
- Mas não é só isso, não é mesmo? Tenho que permitir as novas pessoas em minha vida. Deixa-las fazerem visitas e partir. 
Era tão fácil antes...
Eu tinha até prazer em partir corações.
Será que os Deuses me castigaram 3 vezes mais por cada um deles?
Ou sera que eles dedicaram alguns do seu tempo só pra me amaldiçoar?
Talvez isso passe quando eu me arrepender do que fiz. E eu sei o que fiz. E em segredo, não me arrependo.
Todo mundo que mora dentro da  minha cabeça concorda comigo, mas estamos mudando... Aprendendo a respeitar os sentimentos dos outros.

May

sábado, 23 de abril de 2016

Por onde anda

Por onde anda minha Flor?
Eu estava trabalhando quando me disseram que você havia partido.
Mas partido para onde, eu não sei.
Quem dera tivesse morrido
Assim minha busca por ti sessava.

Eu te procurei em olhos e copos 
Meio cheios, meio vazios
Igual seu amor por meio.
estou no limite, no fim da prancha
à meio-fio.

Por onde anda meu Amor?
Você estava com outro amor quando eu fui te procurar
Mais velha, mais culta, mais bem sucedida.

Quando nossa musica chegou no fim eu senti vontade do chorar
E por dias chorei.
Mas quando as lagrimas acabaram
Eu senti ódio e desamor. 

Por onde andas?
Eu já não quero mais saber.
No dia que conformidade tocou minha pele fresca
Visualizei flashes de nossos momentos desagradáveis juntos.
Da sua demora e desinteresse por me ver.

Depois de uma vida, você quis tomar um café a meia noite
Para conversar, me incluir no seu meio de amigos chatos.
Corra para sua garota velha.
Só lhe agradeço por ter me rendido bons poemas.
A amargura me faz brilhar de inspiração!
Em fim, obrigada. 

Com carinho... May

segunda-feira, 21 de março de 2016

Invasivo

Quem vem la
sorrateiro
por esses lados?
Pisando aonde não se é pisado
com passos leves...
Já o vi antes,
bem me lembro,
tentando voar próximo de mim.
Se eu bem me lembro
te despistei
mas percebi que não foi o suficiente.
Te darei uma chance,
uma unica chance.
Não se preocupe
não vou por a responsabilidade de cura em cima de você
e nem espere algo de mim
Acredito eu
que você entenda, como é estar preso
dentro de você mesmo.

May




domingo, 28 de fevereiro de 2016

Quem matou tia Cida?

Uma vez conheci uma mulher imortal, seu nome era Cida. Tinha a voz alegre e jamais alterada. A pele tinha cor de Canela e tão firme e lisa feito couro novo.
O mais curioso de Cida era sua aparência. Ela era uma daquelas pessoas que a tristeza beijou com força, porem não deixou marcas físicas, geralmente, quando a tristeza toca alguém, vem a sequela do envelhecimento em sua face. Os sulcos ficam tão fundos que em dias se envelhece anos. 
Mas Cida era uma mulher imortal. Tia-avó, aos 60 anos ela tinha rosto de 35 e corpo de 20. Os mais religiosos poderiam afirmar que ela banhava-se em sangue de virgens ou algo do tipo.
Só que a beleza de Cida povinha de sua bondade infinita. 
Um dia desses eu estava dormindo, quando uma grande agitação começou a acontecer. Era telefone tocando de um lado e de outro. Encarregada de contar as noticias ruins por ser a mais equilibrada, Tia Socorro anunciou a morte prematura de Cida. A noticia caiu feito bomba, a explosão fez efeito estranho, perdemos fala e a consciência do que nos rodeavam, foi quase como quando batemos a cabeça com força em algo e levamos alguns segundos para se recuperar. Aqueles foram longos segundos. 
Quando o telefone desligou ficamos todos muito vulneráveis, A morte vem para todos, bem sabemos, mas há pessoas que a gente não acredita que vai nos deixar tão cedo. 
Devo pular toda a aparte que nos reunimos em grande numero de pessoas, pois noticia ruim corre como o vento e em pouco tempo o hospital estava cheio. A causa de sua morte foi devido a um pequeno nó em seu estomago.
Lembro que por um longo período ninguém sorriu e frequentemente você podia ouvir um "não acredito que Tia Cida morreu". Foi nesse dia que ela virou uma mulher imortal, ao se lembrar de Cida, lembrávamos de beleza e rejuvenescimento. Apos um ano de sua morte Ainda lembrávamos dela com clareza. Com 4 anos após sua morte falamos dela ainda sem acreditar que ela esta morta. E assim Cida foi imortalizada pelas pessoas com sua imagem jovem. 

May

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Carta para a Borboleta

Dentro da Torre de Gelo, 15 de Janeiro de 2016.

A querida-doce Mabel Cabeça de Bagre

Acho que fiquei um tempo sem te escrever desde a ultima carta. As coisas não andavam bem. Mas digo logo, que parece estarem melhorando. Saí do aquário na hora certa, estou em um novo local, onde o tempo só passa fora da torre, dentro dela o tempo para e quando não para ele passa muito devagar. Aqui também tem um aquário, só que ele esta vazio! Acredita? 
As pessoas daqui esperam muito de mim, mas não supero suas expectativas... Isso me deixa muito frustrada... Mas as coisas são assim, não é mesmo? A vida só tende a ficar mais difícil.
"Ele nunca disse que ia ser fácil, mas que ia valer a pena." - Acho que estou começando a entender.

Ouvi dizer que você esta noiva! Isso precede ou são só desverdades ditas? Mande um beijo e um abraço meu para todos, continuo com muita saudade. A minha ausência não é vã, quando terminar minha jornada eu prometo levar presentes para todos. Ah! Antes que eu me esqueça, eu vi o retrato que tiraram de ti, estava usando o medalhão que te dei, fico contente que tenha gostado!

Conheci e reconhecei algumas pessoas. Minha toca esta se reerguendo aos poucos e prometo que não vou fugir de novo, estou me empenhando bastante para deixa-la como antes ou até mesmo Melhor que antes. Espero que nós duas sobreviva ao verão. Tempos difíceis para criaturas outono-invernais, Não é mesmo? 

Blindei meu coração e agora não consigo mais amar, possui algum antídoto para tal? As borboletas no meu estomago foram embora, o que eu Faço? Sei bem que de borboletas você entende. Mas antes que você se desespere, estou achando muito melhor assim, me sinto mais forte, mais segura de mim. Desejo-lhe, dessa vez, boa sorte e boa fortuna, que seja muito feliz! Que os Deuses nos protejam.

Com amor, Mascha Cabeça de Vento  

May

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Fevereiro

Seu tempo esta acabando
em pouco tempo provou de muitos sentimentos 
dos mais doces aos mais cruéis.
Mas seu tempo ainda está acabando
E não adianta voltar a trás. 
Afinal, não se pode voltar no tempo.
Ou muda-lo porquê se quis.
Aprenda com o tempo 
Como se com ele corresse
Em grande amizade
Em grande-falsa amizade.
E claro, Antes que eu me esqueça:
Seu tempo esta acabando.

 May

sábado, 9 de janeiro de 2016

Sem compromisso

Você só dança com ele e diz que é sem compromisso, é bom acabar com isso, não sou nenhum pai-joão. Quem trouxe você fui eu, não faça papel de louca prá não haver bate-boca dentro do salão. Quando toca um samba e eu lhe tiro pra dançar você me diz: "Não, eu agora tenho par" e sai dançando com ele, alegre e feliz. Quando pára o samba bate palma e pede bis.

Chico Buarque De Hollanda

Deixa a Menina

Não é por estar na sua presença, meu prezado rapaz, mas você vai mal, mas vai mal demais. São dez horas, o samba tá quente, deixa a morena contente, deixe a menina sambar em paz. Eu não queria jogar confete, mas tenho que dizer: "Cê" tá de lascar, "cê" tá de doer... E se vai continuar enrustido com essa cara de marido a moça é capaz de se aborrecer.
Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz e atrás dessa mulher, mil homens, sempre tão gentis. Por isso, para o seu bem, ou tira ela da cabeça ou mereça a moça que você tem! 
Não sei se é pra ficar exultante, meu querido rapaz mas aqui ninguém o aguenta mais. São três horas, o samba tá quente, deixa a morena contente, deixe a menina sambar em paz.

Chico Buarque De Hollanda

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tereza

Em uma noite muito fria uma mulher andava apressada. Uma fina nevoa saia de sua boca enquanto ela respirava. Seus dedos congelavam entorno de um pequeno pedaço de papel por dentro do bolso do paletó. Uma coruja piou triste em um dos galhos da árvore ao lado de um bar, ao vê-lo, retirou as mãos do bolso e segurou com firmeza a maçaneta da porta fazendo com que sua mão ficasse ainda mais gelada. Entrou.
Dentro do bar tinha muitas pessoas, tocava uma musica country um tanto melancólica. Homens bebiam e jogavam pôquer, no outro canto do bar alguns casais se beijavam e se olhavam sem amor.
A mulher retirou seu paletó risca de giz e pendurou no cabide. Ela usava um longo vestido vermelho que combinavam com suas jóias rubis, o cabelo castanho caia em cascatas em suas costas. Caminhou lentamente até o balcão onde o garçom secava um copo com muito cuidado.

-Dois copos de Whisky e uma morte rápida. Para viagem, por favor.

O garçom a olhou profundamente antes de se virar para preparar seu pedido. Era um homem acinzentado, de rosto comprido e com o cabelo muito preto penteado para trás. Voltou estantes depois segurando um pequeno copo de vidro e uma garrafa, serviu a moça.

- O que quer uma mulher tão jovem com a morte? - O garçom sorriu meio de lado.

- Longa história. - A mulher deu um único gole na bebida quente, fazendo seu rosto corar.

- As pessoas geralmente contam suas longas e tristes histórias antes de partir. - Dizendo isso continuou secando com determinação os copos. - Fique a vontade para se abrir.

A mulher ajeitou o cabelo atrais da orelha enquanto perdia-se em lembranças passadas.

- Havia um homem que me dava de tudo, seus olhos eram bondosos e seu sorriso gentil. - Ao falar a mulher passava a mão na pulseira em seu pulso magro. Era tal como um pai para mim... Morreu.
"O segundo foi o mais incrível dos homens, me fazia rir e tínhamos uma invejável amizade, como se fossemos irmãos. Fui feliz por uma vida inteira ao seu lado. Mas ele gostava de fugir da realidade as vezes e em uma noite fria igual a essa foi quando ele comprou sua passagem só de ida para fora da realidade. - A mão da mulher desceu aos dedos finos e compridos onde um anel com ma enorme pedra carmesim descansava.

O garçom não mais secava o copo, prestando atenção apenas na triste histórias de perdas da mulher a sua frente. Encheu o segundo copo da moça quase automaticamente.

"Agora, como eu vim parar aqui, tem haver com o ultimo homem. Apos a morte do ultimo quem eu havia dito, vaguei sem rumo e em uma dessas estradas encontrei um homem que dividia a mesma tristeza que eu. Ele me entregou esse colar, - Uma enorme pedra vermelha em formato de coração - Disse-me que poderíamos ter sido felizes em outa época, em uma situação diferente, e que seu tempo estava acabando. Retirou seu paletó e colocou em mim sem me perguntar nada. Me apaixonei por sua tristeza.
Quando coloquei a mão dentro do bolso havia um papel e uma pequena caixinha...  -Dizendo isso, a mulher se levantou indo até onde havia deixado o paletó. Enfiou a mão nos bolsos retirando uma caixinha da qual contava retornou apressada ao seu lugar. Veja, essa era a caixa."

Como se tivesse sido acordado de um sonho, o garçom voltou a sua antiga falta de expressão, falou:
- Eu me lembro desse homem. Ele veio aqui não faz muito tempo. Pediu o mesmo que você, mas não bebeu nada aqui. Ele estava com pressa de se encontrar com a morte.

A mulher levantou-se, já estava meio inquieta, vendo-a daquele jeito, o garçom saiu mais uma vez para buscar seu pedido. Trouxe uma caixa com um pedaço de papel em cima.

- Aqui está o seu pedido senhorita. Será por conta da casa.

-Obrigada.

A mulher pegou a caixa, vestiu seu paletó risca de giz e saiu noite a fora. Deixou que o vento frio beijasse sua pele antes de continuar a andar. Virou-se e viu a placa "Noite dos Suicidas" deu um breve sorriso e foi se encontrar com o homem dos olhos tristes.

May